quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A Espera

De doces segundos se faz a Vida
De doces segundos contados com saudade
Com vontade, desejo
Com ânsia de que passem
Doces segundos cadenciados
Pela lembrança do teu sorriso
Do olhar cálido e suave
Doces segundos relembrando um beijo
Cada palavra ouvida
De doces segundos, minha amada,
Se faz a Vida.

Em cada um deles, como um sopro de vento,
Passam voando leves pensares.
Segredos e medos, ternos cantares.
És, porque ela existe, diz-me um deles.
E todos os outros, em uníssono o repetem!
Isabel, Isabel, fala-me o Tempo.
Esses doces segundos de que a Vida se faz...
Isabel, Isabel, grito em silêncio.
E a cada vez que te chamo,
Um doce segundo te traz
Pra mais perto de mim...


Doces segundos, grãos de areia escoando...
Findar-se-ão um dia.
Doces segundos de espera...
E então, amada, já estarás junto a mim.
Trazendo em ti a ternura das flores,
O mistério dos abismos,
A sabedoria das estrelas,
A calma da brisa,
A fúria das tempestades,
A calidez dos raios de sol,
O frescor da chuva,
A música dos rios,
A canção dos pássaros,
O perfume das matas...
Trarás em ti, tudo o que amo
Tudo o que é Amor,
Porque tu és Amor, o meu Amor.

Quando esses doces segundos findarem,
Te encontrarei sob as nuvens de um entardecer inebriante.
E te trarei comigo,
E estarei inteira, pois até então, fui só metade de mim.
Quando esses doces segundos de espera findarem...
Esses doces segundos de que se faz a Vida.
Te encontrarei, belo anjo de graça infinita,
Minha amada Isabel, te espero
De segundo em segundo,
Te espero

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