quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Às Vezes Não É Nada...

Às vezes não é nada
Não é nada que de uma vez
Se possa definir como tudo
Mas, é o tudo que aparece
Entontece
Enlouquece

Às vezes não é nada
Só um calafrio nas costas
Paradoxo ao coração aquecido
Só uma mecha de cabelo bailando
No vento
Sob um olhar desatento

Às vezes não é nada
Mas um segundo descuidado transforma
Em doce tormento,
Sentimento absurdo.
Desatino
Destino?

Às vezes não é nada
Só um jeito de estar,
Mover-se
Andar
Falar
Ser

Às vezes não é nada
Mas, decerto, por alguma linha
Que as estrelas traçaram
Nasce o tudo
Apaixonada ternura

E, de às vezes não ser nada
De ser um tudo confuso
Um rio de corredeira
Ou um lago profundo
É que se pede cuidado
Ao passar por aí...

Às vezes não é nada,
Mas, na próxima curva...
Oh, Deus...
Quem sabe?

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